Foram quase 30 anos de espera, mas finalmente chegou o dia do grande Accept se apresentar em terras brasileiras. O público, é claro, compareceu em massa e lotou o Carioca Club. Segundo informações que obtivemos foram mais de 2 mil pessoas, o que deve ter sido recorde para a casa.
É fato que o Accept se revitalizou com a nova formação, que hoje conta em suas fileiras com os fundadores Wolf Hoffmann na Guitarra e Peter Baltes no baixo, além de Stefan Schwarzmann na bateria, Herman Frank na guitarra (que infelizmente não pode vir devido a um acidente no Texas) e o fenomenal Mark Tornillo nos vocais.
Prova do poder e do entrosamento da nova formação é que o mais recente álbum da banda, o fantástico “Blood Of The Nations”, foi considerado o melhor disco de Metal de 2010 pelos maiores veículos de informação do mundo, inclusive o Coredump.
O show começou com uns 40 minutos de atraso, e de cara a banda já manda as poderosas “Teutonic Terror” e “Bucket Full of Hate”, ambas músicas do disco novo e que já ditam o tom de que esta seria uma noite especial. Logo em seguida a banda faz um passeio por toda a sua discografia e nos brinda com maravilhas do porte de “Starlight”, “Breaker”, “New World Comin'”, a clássica “Restless and Wild” - que fez o público pegar fogo-, a balada “Amamos la Vida”, “Monsterman” e “Metal Heart”, que tem seu solo entoado por todos.
Mas ainda tinha muito mais. Da guitarra de Wolf Hoffman saem os sons distorçidos que são o prenúncio para “Neon Nights”. Na sequência vem ainda “Bulletproof”, “Losers and Winners”, “Aiming High”, “Princess of the Dawn”, “Up to the Limit” e “No Shelter” que fecha o set normal.
Notável foi que os músicos fizeram o show inteiro com um sorriso largo no rosto, demonstrando que estavam se divertindo muito. Wolf Hoffman parecia um garoto cuja diversão é esmerilhar a guitarra e Peter Baltes é um gigante no baixo. Tocou tanto que até estourou uma corda, mas mesmo assim não deixou o palco enquanto a trocavam e ficou lá interagindo com a platéia. Stefan Schwarzmann é um batera de respeito e não deixou a peteca cair 1 segundo sequer e Mark Tornillo é um frontman tranquilão e que se mostrou uma escolha acertadíssima para substituir o grande Udo. Puta voz que tem o cara !
Para o Bis foram reservados mais 3 petardos. “Fast as a Shark” teve sua intro clássica tocada no PA, porém o grito foi real e Mark Tornillo fez a casa estremecer. Depois veio “Pandemic” do disco novo e que tem tudo para se tornar mais um clássico do repertório da banda. Para fechar o show com chave de ouro a banda toca “Balls to the Wall”, que é um dos maiores clássicos do Metal.
Ao final de “Balls to the Wall”, tanto o público como a banda estavam com as mãos levantadas e fazendo o sinal de vitória (como pede a letra da música) e posso dizer que nunca esse sinal foi tão apropriado num show de Metal. O sorriso estava estampado no rosto dos fãs sortudos, que puderam estar nesse show histórico, e que com certeza foi o melhor deste ano até o momento. Aliás....vai ser difícil superar este show hein. Espero que o Accept possa voltar logo e que da próxima vez toquem em um lugar maior, pois eles merecem.
Ah.....e se o show foi tão bom assim com apenas uma guitarra...fico imaginando com as duas......
Volta logo Accept !!!!!!
Veja nossa galeria de fotos deste show aqui.
Set List:
1. Teutonic Terror
2. Bucket Full of Hate
3. Starlight
4. Breaker
5. New World Comin'
6. Restless and Wild
7. Amamos la vida
8. Monsterman
9. Metal Heart
10.Neon Nights
11.Bulletproof
12.Losers and Winners
13.Aiming High
14.Princess of the Dawn
15.Up to the Limit
16.No Shelter
Bis:
17.Fast as a Shark
18.Pandemic
19.Balls to the Wall
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