A
Finlândia é famosa pela sua excelente diversidade cultural e musical. E, por
mais incrível que pareça, o heavy metal tem sido o principal produto de
exportação deste país nórdico. A quantidade e a qualidade das bandas surgem por
lá chega a ser assustadora. Um ótimo exemplo disso é o Sonata Arctica.
O grupo
formado por Tony Kakko (vocal), Elias Viljanen (guitarrista), Marko Paasikoski
(baixo), Henrik Klingenberg (teclado) e Tommy Portimo (bateria) é um dos grandes
nomes deste cenário, ainda mais agora, com a conquista do disco de ouro com “Stones
Grow Her Name”.
Prestes
a desembarcar no Brasil, a The Ultimate Music teve a oportunidade conversar com
o vocalista Tony Kakko para falar sobre diversas curiosidades sobre o novo
álbum, a expectativa de reencontrar os fãs, além de outros assuntos pertinentes
sobre a carreira do Sonata Arctica.
por Juliana Lorencini
edição Costábile Salzano Jr
A última vez que vocês
estiveram no Brasil foi em 2010. Vocês se apresentaram em São Paulo e o show
foi praticamente sold out. Quais recordações vocês tem dessa passagem e quais
são as expectativas para esse retorno ao Brasil?
Tony Kakko: Esse foi show foi muito
especial! Não acho que seja possível ter um show ruim no Brasil. O público é
tão incrível, que por si só faz o show por nós. Espero que eles tenham gostado
disso também. Acredito que nenhum de nós tenha uma expectativa diferente do que
da última vez. Será como andar em uma montanha russa e espero que todo mundo esteja
preparado para se juntar a nós!
No ano passado, vocês
iniciaram a Stones Grow Her Name World Tour, que já passou por diversos países
da Europa. Como tem sido a receptividade dos fãs até o momento em relação a
“Stones Grow Her Name”?
TK: Tem sido em grande parte
positiva. Estamos cada dia em rumo de uma nova direção e, felizmente, com isso,
temos conquistado novos fãs. Espero que os brasileiros façam parte deste sucesso.
Sempre que um novo álbum é
lançado, isso significa adicionar as novas canções ao presente setlist e
remover algumas outras, alterações que nem sempre agradam os fãs. Como o Sonata
prepara seu setlist a cada nova turnê? E de alguma forma há uma preocupação em
agradar aos fãs?
TK: Fomos muito criticados no passado
por tocar o mesmo setlist muitas vezes, o que na verdade nesse caso diz algo
sobre os álbuns lançados. Tinhamos um monte de músicas de muitos dos álbuns que
simplesmente não traduzem o momento. E isso é realmente infeliz. Mas com
“Stones Grow Her Name” isso é completamente diferente. É ótimo ao vivo,
divertido de tocar e fácil para “entender”. Então sim, tendo dito isso,
renovamos MUITO nosso setlist desde a última vez. Não podemos ouvir muito o que
os fãs dizem quando estamos montando o setlist, alguns gostam de sopa outros
preferem salada e há elementos que não necessariamente compõe uma boa mistura.
Abandonamos um monte de coisas “super rápidas” o que naturalmente não agrada aos
fãs, mas por um outro lado, as pessoas que descobriram o Sonata Arctica mais
recentemente, podem não gostar de “Blank File”. Acho que isso é fundamental
primeiro agradar a si mesmo e fazer um setlist que você goste de tocar. E isso
aparece quando a banda tem um bom momento no palco, isso faz um show melhor.
Falando um pouco sobre o mais
recente trabalho “Stones Grow Her Name”. Como foi o processo de composição e
gravação? Quais foram as principais influências de vocês para esse trabalho?
TK: KISS não tem nada a ver com
isso, embora eu tenha escrito “K.I.S.S.” no meu desktop enquanto estava
escrevendo as músicas. Mantenha isso como algo besta. Então eu apenas tentei
escrever as músicas que soam mais como algo conhecido, algo como nós fizemos em
“Ecliptica”, apenas um pouco diferente. “Full Moon” caberia muito bem em “Stones Grow Her
Name”. Então
posso dizer que as minhas principais influencias neste álbum foram o próprio
Sonata Actica. O processo de composição foi muito fácil. Pensei que tivesse
esquecido como escrever músicas assim e ido muito fundo no final progressivo do
poço. Mas depois de uma pequena luta e algumas conversas com os caras, eu
estava convencido que esse seria o caminho que tomaríamos agora. Deste ponto, a
vida é ridiculamente fácil. Tenho ouvido bastante Devin Townsend e seu trabalho
deve ter tido alguma influencia, mas não sei. Deixo isso para vocês decidirem.
De alguma forma o que vocês
estão ouvindo antes ou durante o processo de composição os influencia?
TK: Não escuto muitas bandas ou
música em geral quando estou compondo. Simplesmente não existe tempo para isso
e preciso do meu silêncio também. Acredito que essa coisa de “não escutar
música” é algo muito comum para muitos compositores. Você sente medo de
acidentalmente copiar algo.
Há alguns anos, o Sonata
lançou dois álbuns contendo apenas covers. Como foi feita a escolha das faixas
que compõe o álbum? Lançar um álbum de covers para vocês é uma forma de
homenagear as bandas que vocês gostam ou apenas uma vontade pessoal da banda de
tocar músicas que vocês gostem ou de alguma forma os influenciaram?
TK: Eu realmente gostaria de
ouvir mais sobre esses álbuns... Não posso me lembrar de nós gravando um álbum
cheio de covers, esqueça aqueles dois álbuns. Se tais coisas estão lá, elas não
serão lançadas em nenhuma instancia oficial e não ganharemos um centavo por
elas, o que é triste. Mas o que vem dos covers que gravamos, alguns apenas
queríamos gravar porque gostamos da banda em particular ou de alguma música. No
começo da nossa carreira nos pediam para gravar algumas músicas para álbuns
tributo. Coisas como Helloween, Scorpions e Metallica. Coisas divertidas!
O Sonata Arctica faz parte de
um grupo seleto de bandas bem-sucedidas dentro do que chamamos de metal melódico. Depois de tantos anos, como vocês veem o
gênero através dos anos até hoje em dia?
TK: Isso é engraçado, mas não
sigo nenhum gênero, logo não posso falar muito sobre isso. Certamente mudamos
bastante durante esses anos, mas... Eu penso que o metal extremo é “pop”
atualmente, ou por enquanto. Pra mim, o melódico é um grande amor e sempre
será. É isso que eu sei.
Existe alguma banda mais
recente que mereça ser destacada por vocês como uma promessa para um futuro
próximo?
TK:
Battle Beast, da Finlândia! Eles são realmente melódicos e heavy metal com lindos vocais femininos,
ásperos, jovens e ansiosos.
Em uma época onde o MP3 domina
o mercado fonográfico, como foi ganhar um disco de ouro com “Stones Grow Her
Name”?
TK: Isso é bom. Embora alcançar
isso na Finlândia não signifique ganhar dinheiro de fato... Nada sendo 10.000
cópias. Não acho que se quer podemos cobrir nossas despesas com isso. Mas é bom
saber que pessoas ainda compram CDs. Fico feliz em saber que ainda existem
lugares oficiais e legais onde você pode comprar ou baixar músicas e álbuns.
Apenas não consigo entender essa moda, isso não soa bem... Ou eu estou apenas
muito velho para toda essa merda? (risos)
A Finlândia é mundialmente
conhecida pela grande quantidade de bandas que de lá vem, em especial as de
metal. Para vocês enquanto músicos é possível viver apenas de música no seu
país ou mesmo com essa abertura cultural trabalhar apenas com música ainda não
é algo viável para os músicos finlandeses?
TK: Sim, felizmente nós estamos nessa
posição. E realmente não temos nenhuma opção para isso. Eu não me contrataria
como um empregado. Gasto muito do meu tempo com essa banda, em turnê ou no
estúdio. Não é nenhum pródigo que fazemos, mas isso alimenta famílias.
Após inúmeras turnês, qual
momento mais engraçado ou até mesmo estranho vocês já tiveram durante um show?
TK: Ah, há muitos coisas engraçadas
que aconteceram. A maior parte são apenas piadas internas entre a banda e crew.
O Masters of Rock Festival, na República Tcheca, em 2008, foi memorável podemos
dizer, pelo menos. A energia elétrica foi cortada por causa de uma tempestade e
todos os instrumentos ficaram mudos, exceto meu microfone, por qualquer razão.
Mas o show deve continuar, penso, e comecei a cantar “Full Moon” à capela. Você
pode achar vídeos no Youtube feitos pelo público. E isso foi engraçado e
estranho ao mesmo tempo.
A The Ultimate Press agradece
pela entrevista e eu gostaria que vocês deixassem uma mensagem para os fãs
brasileiros do Sonata Arctica.
TK: Demorou um pouco, mas agora
finalmente estamos de volta! E estamos muito empolgados! Não sei quantos shows
inesquecíveis pode-se ter no Brasil, mas eu já sei que esse será mais um! Vejo
todos vocês em breve! Venham cantando e com sapatos de festa!
Serviço São Paulo
Rádio & TV Corsário
orgulhosamente apresente Sonata Arctica
Data:
10/03/2013
Local:
Via Marquês
End:
Avenida Marquês De São Vicente, 1589 - Barra Funda
Hora:
20h
Ingressos:
R$ 70,00 (1º lote - pista meia) | R$ 90,00 (2º lote) | R$ 95,00 (1º Lote -
pista inteira PROMOCIONAL) | R$ 150,00 (2º lote)
Camarote:
R$ 190,00 (1º lote meia) | R$ 230,00 (2º lote)
Camarote:
R$ 250,00 (1º lote inteira PROMOCIONAL) |R$ 250,00 (2º lote)
Pontos
de Venda: Die Hard e pontos autorizados Ticket Brasil