De vez em quando a gente via o Marçal no buteco em frente ao colégio enchendo a lata depois da aula (ficando bebaço às vezes) e é claro que isso era motivo de chacota entre a molecada que o chamava de "Pudim", "Pinguço" e "Bebum".
O Marçal era do tipo professor severo e quando alguém fazia alguma pergunta idiota ou não conseguia entender o que ele explicava, ele ficava tão nervoso que chegava a bater a cabeça contra a parede. Eu e mais uma galerinha achavamos aquilo muito engraçado e por esse motivo faziamos questão de não entender ou fazer perguntas idiotas só para ver o cara bater com a cachola na parede (quando isso acontecia pra mim era o melhor momento da noite).
Nos dias atuais, como estou lecionando e dando cursos em diversas empresas, estou tendo a oportunidade de me deparar com algumas situações bem parecidas com as que o Marçal enfrentava. Várias perguntas sem sentido, alunos desinteressados e muitas vezes, um povo que não presta atenção na aula e depois fala que não entendeu a matéria. E é justamente nesses momentos que eu tenho justamente a vontade de.....bater a cabeça na parede (seria alguma patologia que os professores desenvolvem ?). E foi por isso que lembrei do Professor Marçal, que, se estiver vivo (o que eu não acredito dada a quantidade de alcool que ele bebia), deve estar com os seus 85 anos.
Que Deus abençoe o Professor Marçal...aonde quer que ele esteja.
A arte de ensinar está em manter o povo interessado no assunto. Eu me lembro do Pachecão, que foi meu professor de física no cursinho. O cara chegava a dar aula fantasiado para atrair a atenção. As aulas dele sempre foram um espetáculo à parte...
ResponderExcluirE uma aula expositiva maçante realmente dá vontade de dormir...