segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Festival Overload Music Festival


Overload Music Fest tem se tornado um festival cada vez mais aguardado pelos fãs de músicas alternativas, Doom, etc. O festival conta ainda com atrações paralelas como exposições de cartazes, lançamento de livros, venda de diversos itens como livros, colecionáveis, CDs e camisetas.

O que mais me fascinou nesses dois dias de festival, foram a simplicidade de muitos músicos que assistiam as outras bandas ali da pista com a gente, além do telão mostrando o horário que cada banda iria realizar o Meet and Greet com seus fãs, tudo simples, organizado e funcional, que mostra todo o cuidado e carinho com que todos os que realizam este festival tem.

Novembers Doom
No primeiro dia conferimos os americanos da banda Novembers Doom, muito aguardados por seus fãs e que para compensar tanto tempo de ausência tocam os dois dias, hoje o set escolhido foi apenas acústico.

Hello Brasil! Greetings from Chicago, é uma honra estar aqui com vocês! Qual o melhor lugar do Brasil é o Rio? Não? É São Paulo! Nós não sabíamos que tínhamos tantos fãs no Brasil, estamos felizes de estar aqui, hoje o nosso set é mais tranquilo, mas amanhã... Nosso set será Roarrr! Para a Twilight Innocence, a galera bate palmas para a intro, mas os músicos se perdem com um problema no palco, logo voltam e anunciam agora é a Twilight Innocence take 2!

O pessoal vibra e agita o tanto quanto é possível em um set acústico, a casa está até com bastante gente para a apresentação de uma primeira banda. Os músicos são bem calmos e concentrados, assim como seus fãs. Mesmo sendo acústico o pessoal bangueia a todo momento, todos concentrados no som profundo dos caras.

Durante os intervalos, a galera pede música, mas o vocalista Paul Kuhr avisa que algumas músicas simplesmente não funcionam em set acústico, e o pessoal da banda se diverte, falando que outras eles se recusam a cantar.

Paul anuncia que para tocar a: Looking back Through a Child's Eyes – só será ele e o guitarrista Lawrence Roberts, enquanto brincam de como será tocar essa música acústico, o guitarrista Vito Marchese vai gravando tudo o que se passa ao redor.

Outras músicas que marcaram o set foram Autumn Reflection, For Every Leaf That Falls e a última dessa noite: Of Age and Origin (Part 2), os mais fãs cantaram junto todas as músicas, mas todos da casa prestaram atenção aos músicos, e por mais que eu ouvisse muita gente dizendo que o eles só são bons no set pesado, gostei muito de ouvi-los na versão acústica.
Acaba as 17h20 com Paul se despedindo: Obrigado! Amanhã voltaremos com o set pesado!

Setlist
01 - Silent Tomorrow
02 - The Fifth Day of March 
03 - Twilight Innocence 
04 - Clear 
05 - Through a Child's Eyes 
06 - For Every Leaf That Falls 
07 - Serenity Remembered 
08 - Autumn Reflection 
09 - Of Age and Origin (Part 2)

Lineup
Baixo: Michael Feldman (Mike)
Bateria: Garry Naples
Guitarra: Lawrence Roberts (Larry)
Guitarra: Vito Marchese
Vocal: Paul Kuhr

Andy McKee
Às 17h41 sobe ao palco Andy McKee, ele é um compositor e guitarrista de fingerstyle percussivo (que além de tocar o violão, também o usa como instrumento de percussão), desde 2006 chama a atenção com suas músicas no youtube, hoje ele vai fazer um set com composições próprias e covers conhecidos, usando apenas o violão.

As músicas que mais gostei foram os covers por já conhece-los, mas o show foi extremamente agradável, eu realmente não conhecia esse jeito de tocar, acredito que muitas pessoas além de mim, saíram com esta boa impressão do músico e seu jeito único de tocar, de pé e sempre muito envolvido com a música, falou bem pouco com o público, a parte do show que eu mais gostei foi quando ele trouxe o violão que parece uma baleia... Ok ele disse que era um violão harpa.... Mas seu eu tivesse um daqueles apelidaria de Moby Dick. Brincadeiras à parte, foi um belo show.
Acaba às 18h30 com mais e mais pessoas chegando por aqui.

SetList
01 - Common Ground 
02 - Everybody Wants to Rule the World (Tears for Fears cover)
03 - Africa (Toto cover)
04 - Drifting 
05 - Ebon Coast 
06 - Tight Trite Night (Don Ross cover)
07 - Because It's There (Michael Hedges cover)
08 - Aerial Boundaries (Michael Hedges cover)

Riverside
A próxima banda é uma grata surpresa vinda da Polônia! Animados os músicos agitam a plateia, que acompanha as músicas nas palmas ou nos bangues. 
O vocalista Mariusz Duda anuncia: Brasil! São Paulo! É bom estar aqui pela primeira vez!

As músicas que mais levantam o povo são: Lost (Why Should I Be Frightened By a Hat?), Hyperactive, The Depth of Self-Delusion e Escalator Shrine. Quem vai chegando já se posiciona em frente ao palco para conferir de perto essas músicas progressivas e enérgicas.

Os músicos estão animados e nos chamam nas palmas e heys, nós contribuímos com alguns air guitars aqui em baixo. A qualidade do som é impecável, e a estrutura da casa está ótima, se consegue ver bem e ouvir bem em qualquer ponto da pista.

Ao final do show os músicos sorridentes, agradecem vem até a ponta do palco cumprimentar algumas mãos, o show acaba as 19h45, mas eles conseguiriam manter um show animado por mais 1h.

SetList
01 - Lost (Why Should I Be Frightened By a Hat?) 
02 - Feel Like Falling 
03 - Hyperactive 
04 - Conceiving You
05 - 02 Panic Room 
06 - The Depth of Self-Delusion 
07 - Saturate Me 
08 - Egoist Hedonist 
09 - Escalator Shrine

Lineup
Baixo/Vocal: Mariusz Duda 
Bateria: Piotr Kozieradzki
Guitarra: Piotr Grudziński
Teclado: Michał Łapaj

The Reign of Kindo
Ás 20h20 entra com seu ritmo caliente, os americanos do The Reign of Kindo, eles misturam vários elementos em suas composições, mas logo nessa primeira música: Impossible World, achei que o Máscara ia aparecer com umas maracas a qualquer momento e dançar no palco com eles.

Piadinhas a parte, eles levantaram o público como ninguém, e mesmo quem estivesse fazendo galhofa com o baixista mais malemolente de todos os tempos, não ficou indiferente a banda, nisso estão inclusos até os funcionários da casa!

As músicas que me marcaram: Thrill of the Fall, The Moments In Between, Hold Out e a Till We Make Our Ascent.

Eu descreveria esse show como o mais divertido do festival, o clima de alegria do palco era contagiante, aqui na pista, se via mais e mais pessoas juntas dançando e muitos cantando as músicas.

E durante mais de uma hora os músicos conseguiram manter esse clima, se você curte músicas e misturas diferentes, com tons alegres e versáteis, sugiro escutar esses caras. O show acaba as 21h30, e várias pessoas que acompanharam desde o Novembers Doom estão procurando um canto para sentar.

SetList
01 - Impossible World 
02 - Feeling In The Night 
03 - Thrill of the Fall 
04 - Needle & Thread 
05 - Bullets In The Air / Romancing A Stranger 
06 - Battling the Years 
07 - Till We Make Our Ascent 
08 - The Moments In Between 
09 - Hold Out 
10 - The Hero, The Saint, The Tyrant, & The Terrorist 
11 - Just Wait 

Lineup
Baixo: Jeffrey Jarvis
Bateria: Steven Padin
Guitarra/Vocalista: Joseph Secchiaroli
Guitarra: Michael Carroll
Guitarra: John Baab
Percussão: Geraldo Castillo
Piano: Danny Pizarro

Anathema
Finalmente às 22h20 e para delírio geral da nação, entram os músicos do Anathema ao som de nossas palmas e com a intro rolando, as pessoas acompanham cada nota da música Anathema, os ingleses sempre intensos e interagindo com galera. 

Um adendo, no meio do show do The Reign of Kindo, esbarramos com Danny, que gentilmente tirou fotos conosco, contando do show anterior e pedindo chicletes.

Todos estão espremidos em frente ao palco, acredito que a casa tenha chegado a mais da metade da ocupação, mas provavelmente variou, já que muita gente saiu depois de ver sua banda favorita, eu suponho.

O vocalista Vincent Cavanagh está animado: Boa noite são Paulo! Tudo bem? Obrigado! Muitas palmas, duas vezes em um ano! É muito bom hein? Eles vieram também em fevereiro deste ano. 

Não tem uma palavra que descreva melhor esse show do que imersivo, viajamos junto com a banda em suas músicas profundas e cheias de significado. O pessoal agitou? Orra e como! Com palmas gritos e pedidos de casamento toda vez que a vocalista Lee assumia o microfone. Sempre muita emoção durante as The Lost Songs, A Simple Mistake, mas a que mais me derrete e a todos a minha volta é a incrivelmente triste: A Natural Disaster, com seu refrão: 'Cause no matter what I say, no matter what I do, I can't change what happened...

Sim a mão do sentimento chega a tremer... voltando a resenha, os músicos estão mais satisfeitos com a casa do que a última vez que vieram (a casa era outra), já o público é o mesmo dos dois shows, feito de fãs incansáveis e apaixonados.

Mas também tivemos grandes momentos de energia no palco com a eletrônica Closer e a enérgica Thin Air! O encore começa as 23h30 com mais quatro músicas para o público. O show acaba meia noite, com Vicent nos agradecendo e falando que é muito bom estar de volta ao Brasil, pede que voltemos amanhã porque ainda tem muita banda para tocar, todos se despedem e demora um pouco para os fãs saírem da imersão do show, claro que ao final o sorriso estampado no rosto dos presentes confirma o sucesso deste primeiro dia de festival.

SetList
01 - Anathema
02 - Untouchable, Part 1 
03 - Thin Air 
04 - The Lost Song, Part 1 
05 - The Lost Song, Part 2 
06 - The Lost Song, Part 3 
07 - The Beginning and the End 
08 - A Simple Mistake 
09 - Universal 
10 - Closer 
Encore:
11 - Firelight 
12 - Distant Satellites 
13 - A Natural Disaster 
14 - Fragile Dreams

Lineup
Baixo: James Cavanagh
Bateria: John Douglas
Guitarra: Daniel Cavanagh
Guitarra/Vocal: Vincent Cavanagh
Teclado: Daniel Cardoso
Vocal: Lee Douglas

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